segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O caminho até o teatro foi feito praticamente em silêncio, silêncio o qual sempre era interrompido por interjeições fúteis de Terry, as quais Ann tentava evitar. O primeiro dia de ensaio foi uma confusão, ninguém sabia que tipo de papéis os dois novos integrantes iriam ter, que tipo de roupas iriam precisar, que tipo de roteiro teriam que decorar. Ironicamente Terry pegou o papél de Romeu, Ann era Julieta, Tom ficou com o papél de pai de Julieta. Quando os dois voltaram para casa Terry estava escalando as paredes de alegria, imaginando todos aqueles dias ensaiando com ela, todas aquelas vezes que eles iam ter de se tocar, se Tom não o conhecesse daria para dizer que Terry estava apaixonado.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ann acordou empolgada, o grupo de teatro ganharia um novo ânimo com dois novos integrantes. Um deles, ao menos, parecia bem interessado no grupo, o outro ela preferia nem pensar no que ele tanto havia se interessado.
Quando Ann chegou com seu típico carro preto a prova de "qualquer coisa que não constasse na lista dos pais". Quando parou em frente ao local de moradia dos garotos do dia anterior ficou deslumbrada, era tão..tão...livre!
Ela precisou de alguns minutos para se recuperar e entender que ela tinha que dar espaço aos dois novos colegas. O garoto que ela não lembrava o nome sentou tão próximo dela que ela podia até sentir a respiração dele. Eca. O outro, Tom, sentara-se como alguém normal, mas ligeiramente incomodado com o tamanho e o luxo do carro. Seus pais sabiam mesmo como fazer ela sentir-se embaraçada. Ótimo! Era o que ela precisava para começar o dia bem. Ela não sabia o que a aguardava no decorrer do dia, muito menos eles. A mesma rotina com um pouco de incerteza.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Terry, Terry é meu nome Tom! Não é Lerry! Você sabe o quanto me irrita! Terry odiava quando tom brincava com o seu nome, ainda mais quando ele chamava Terry de Lerry, Lerry era seu primo mais novo, sempre foi uma peste. Terry estava empolgado com a nova oportunidade, a garota é claro, o teatro pouco lhe importava mas Tom.. Tom parecia um pouco distante, algo estava perturbando ele, nem ele sabia ao certo, mas, o que ele sabia é que não era certo seu amigo tentar se aproximar de uma menina que foi tão gentil com eles, ele havia de fazer alguma coisa!! Mas não hoje, hoje ele estava cansado, ele só iria tomar uma xícara de café, escovar os dentes e dor..

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ann bisbilhotou sua mente durante algum tempo, passeando por todas as rodas sociais e vasculhando aquele rosto tão conhecido de sua mente e tão desconhecido em sua vida. Até que, num momento tão inesperado, ela encontrou o que procurava. Tom era o garoto que passava pelo seu carro todos os dias de manhã. Era ele que fazia ela acreditar que independência e liberdade eram mais que palavras, eram ações. Ela ainda lembrava claramente do dia em que o notara atravessando o caminho de seu carro: camiseta do ACDC, fones de ouvido, mochila, calça jeans, tênis e um ar de despreocupação.
Ela pensara seriamente em fazer uma troca, as aulas de teatro pelo estilo de vida de Tom. Todos saíam ganhando, exceto o colega de apartamento de Tom, como era mesmo o nome dele?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tom ficou surpreso ao ver a garota a qual Terry havia se referido, ela tinha uma beleza incomum porém incontestável, tinha algo diferente. Qunado Ann apareceu sua mãe foi logo dizendo, com aquela sua vóz melosa e fatídica, "Ann esses dois rapazes vieram aqui e disseram que fazem parte do seu grupo de teatro", Ann tentou não fazer uma cara de espanto pois, na verdade, nunca havia visto os dois rapazes na vida, mas, como a sua vida fora sempre um mar de monotonia ela decidiu mudar um pouco a sua rotina, ela falou pra sua mãe que era para pegar mais dois pratos para o almoço e que ela precisava acertar alguns detalhes da peça com eles. Após a saída de mãe de Ann do cômodo Terry foi logo se apresentando, com muito entusiasmo, e depois apresentou seu amigo Tom, Ann pediu, em vóz baixa para não ser escutada, qual era o nome deles e daonde eles tinham vindo, mesmo tendo certeza de já ter visto em algum lugar aquele garoto chamado Tom. Terry foi quem conduziu o diálogo, ele falou para ela que eles gostariam de entrar no grupo de teatro, mas, eles não conheciam ninguém que já fizesse parte dele, logo, a sua entrada seria quase impossível. Ann concordou em no dia seguinte levá-los para o grupo de teatro, e que daria uma carona a eles, às 7:30 da noite, após isso a empregada chegou com o almoço, e junto com ela sua mãe, o almoço procedeu de uma maneira muito estranha, a mãe de Ann pedindo coisas sobre a peça para os dois garotos e Ann respondendo as perguntas por eles.
Quando chegaram em casa Terry estava totalmente agitado, não parava de falar de como seu plano havia dado certo e do quanto ele estava se aproximando de alguém cheio da grana, já Tom se mostrava mais sério, sabia que o que o seu amigo estava fazendo estava errado, e estava se arrependendo cada vez mais de ter aceitado o convite de Terry para ir dar uma espiadinha na nova mansão que havia sido construida, Terry devia uma para ele.

domingo, 15 de novembro de 2009

Os planos de Ann eram simples. Ela almoçaria a primeira coisa que encontrasse na geladeira, isso se ela tivesse a sorte de não esbarrar com a cozinheira da casa, senão ela teria que comer alguma coisa que a mãe tivesse mandado preparar. E sairia para caminhar, ela já nem se importava mais em ter dois armários cuidando cada passada sua na rua.
Mas os planos de Ann, como sempre, foram arruinados pela voz melosa e afetada da mãe chamando-a para a sala de janta. Pela entonação que sua mãe usara na voz Ann já sabia o que podia esperar na outra sala. Dito e feito. Dois rapazes, com idades próximas a dela, estavam sentados a mesa olhando-a. Um deles parecia ser só mais um idiota que estava sentado ali com um eco na sua cabeça 'dinheiro, dinheiro, dinheiro' e isso a enojava. Mas o outro, o outro era algo que ela nunca havia visto dentro daquela mansão, ele não tinha aquele brilho ridículo nos olhos, ele era apenas ele. Finalmente alguém normal, aparentemente. Ann sentiu pela primeira vez na vida que aquele almoço traria surpresas.

sábado, 14 de novembro de 2009

Um dos caras que dividia o apartamento com Tom, Terry Simons, sempre sonhou em ter uma vida fácil, com dinheiro a vontade para esbanjar e não se preocupar com ganhar mais, sempre quis ganhar na loteria, e, como era um homem extremamente interesseiro, quando descobriu sobre a filha dos McCain já começou fazer planos e mais planos, para ele aquela garota seria sua loteria pessoal, sua fonte inacabável de dinheiro, um dinheiro fácil e sujo. Tom nunca havia falado muito com ele, mas só de conviver com ele, já dava para perceber que ele era o tipo de pessoa que faria de tudo para conseguir o que queria, e ele queria dinheiro.